quinta-feira, 28 de julho de 2011

Praia do Jaca & os JacaBoys

JacaBoys

Nos apropriamos de um trecho mágico da Praia de Iracema... que nomeamos Praia do Jaca, porque ali pegamos jacarés nas marolas ora suaves ora violentas de Fortaleza... sol, lua, dia, noite, calor, frio, a pé, de bike, de carro, de busão... não perdemos um momento de estarmos juntos curtindo essa bela praia urbana... 



Clica no link pra visualizar a imagem de satélite da Praia do Jaca

Hedonismo & Viagem Zen
Mingau & Sandroca: vivenciando o sujeito anárquico

terça-feira, 26 de julho de 2011

Yakisoba Vegano


Yakisoba Vegano [Sem Crueldade Com os Animais]


Semestre passado lecionei a disciplina Educação e Multiculturalidade, no 8º período de Pedagogia, na UERN, em Mossoró.  A abordagem metodológica que propus às turmas envolvia o Planejamento Co-Participativo e a Vivência e a Colaboração Mútua como princípios do aprendizado; assim, as turmas elegeram alguns temas a serem discutidos e vivenciados, entre os temas o Vegetarianismo. Então, organizaei uma aula-vivência que intitulei de Vivência Vegana: vegetarianismo como ação política hedonista... Como se tratava de uma Vivência, levei a turma para a cozinha da Faculdade de Educação e preparamos a receita de Yakisoba abaixo:


Ingredientes:

Massa para Yakisoba
Shoyu, Azeite de Oliva extra virgem, Sal, Pimentão vermelho, Pimentão amarelo, Pimentão verde, Couve-flor, Alho-poró, Acelga, Orégano, Cebola, Cenoura, Amendoins com película [pode ser castanha de caju ou castanha-do-Pará]

Modo de preparo:

1.      Lavar todos os vegetais, cortar a couve-flor em buquês médios, cortar o alho-poró em lâminas transversais – por a couve-flor e o alho-poró para cozinhar no vapor por 3 minutos, até aromatizar o ambiente e reservar;
2.       Cortar as cenouras em lâminas transversais, as cebolas em tiras longitudinais, a acelga em talos grandes e os pimentões em tiras médias;
3.       Revogar os vegetais, começando com os mais duros (cenoura e amendoim), no azeite quente, depois ir adicionando, no seu tempo, as cebolas e a acelga, em seguida acrescente os pimentões [não deixar os pimentões amolecerem] – por último, acrescentar a couve-flor e o alho-poró com cuidado para manter os vegetais sempre íntegros;
4.       Colocar a água do macarrão no fogo, acrescentar umas pitadas de orégano na água fervente e sal, pôr a massa para cozinhar por quatro minutos, cuidando para mantê-la al dente, levar a massa para fritar no azeite até ficar amarelada;
5.       Preparar a mesa e servir o Yakisoba.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Minha tese, meu filho, minha companheira & minhas tattoos


CORPOS MOVEDIÇOS, VIVÊNCIAS LIBERTÁRIAS:

a criação de confetos sociopoéticos acerca da autogestão



Tese apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Doutor, do Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira, da Universidade Federal do Ceará.



Orientadora:

Profª Drª Sandra Haydée Petit



RESUMO

Traçando linhas de fuga frente aos sistemas modelizantes da subjetividade capitalística (GUATTARI), pessoas e grupos libertários, saturados de relações sociais heterogestoras, constroem espaços e situações de convívio coletivo em que suas vidas possam de fato ser autogeridas. Os movimentos autogestionários contemporâneos reinventam revoluções, operando no domínio do molecular, de sorte a questionarem o sistema em sua dimensão de produção da subjetividade e a construírem, no cotidiano, formas diferenciadas de estar no mundo. A autogestão, nestas práticas dos coletivos libertários atuais, é um corpo movediço reinventando-se ao sabor das experiências particulares; entretanto, estes coletivos libertários não estão isentos de serem atravessados por situações de centralização de poder, pela emergência de práticas autoritárias, por momentos heterogestores, pela eclosão de armadilhas da representatividade e pela instalação de microfascismos (FOUCAULT). Esta pesquisa trata dos conceitos de autogestão produzidos por pessoas vinculadas a grupos libertários contemporâneos, dentro da cena anarquista de Fortaleza, Ceará; e aponta para a emergência de conceitos diferenciados e singulares sobre a autogestão que tracem linhas de fuga (DELEUZE; GUATTARI) frente às concepções instituídas. A pesquisa foi realizada a partir de duas abordagens metodológicas: a Sociopoética (GAUTHIER) e o Diário de Itinerância (BARBIER). O Diário de Itinerância, de caráter etnográfico, é o registro escrito dos processos de produção e análises dos dados, e das situações existenciais experimentadas pelo pesquisador institucional, vinculadas ao tema proposto. A Sociopoética institui o grupo-pesquisador, corpo coletivo da pesquisa; é o grupo-pesquisador sociopoético, enquanto filósofo coletivo, que produz novos saberes sob a forma de confetos expressão híbrida entre conceito e afeto (PETIT; ADAD). A produção de dados da pesquisa ocorreu a partir de duas vivências de imersão na natureza (Mangue do rio Cocó – Fortaleza/CE; e serra da Pacatuba – Pacatuba, CE). A pesquisa apontou uma polissemia de conceitos sobre autogestão, produzidos pelo grupo-pesquisador, que a percebem não como um modelo idealizado nas experiências libertárias do passado; ao contrário, ela amplia as possibilidades conceituais da autogestão, para além de uma matriz cristalizada do conceito; os confetos e os devires produzidos pelo corpo-coletivo refletem um desejo de experimentação de conceitos singulares sobre práticas autogestionárias contemporâneas.

Palavras-Chave: Autogestão; Sociopoética; Devires; Anarquismo Contemporâneo; Cultura Libertária.


quarta-feira, 20 de julho de 2011

Comida Vegana do Dia: Penne Integralli & Inhame

penne integralli com alcaparras & inhame



cozinhei o penne com pouca água, para evitar escorrer (e perder pelo ralo) o caldo rico do macarrão integral. então, fui acrescentando shoyu e um bom punhado de orégano à panela de inox. não é preciso colocar sal. mexi com cuidado até a água secar e o penne ficar cozido al dente. coloquei um molho de tomate  sem conservantes, alcaparras e pimenta calabresa.  enquanto isso, cozinhava o inhame também com pouca água; depois de cozido, regei com um bom fio de azeite (não precisa salgar). e coloquei no prato uma laranja madura para fixar o ferro e colorir o almoço de hoje...



mas é sério, eu estava com muita preguiçla de fazer comida hj... daí saiu isso...

terça-feira, 19 de julho de 2011

David Bowie - 1967 - David Bowie

texto: http://1967psycho.blogspot.com/search/label/David%20Bowie


Eis o primeiro álbum de David Bowie, que apresentou ao mundo toda a inventividade camaleônica do músico londrino. Nada muito brilhante, mas as fiaxas "Uncle Arthur", "Rubber Band" e "Love you tuesday" mostram como Bowie estava antenado com sua época. "Please Mr. Gravedigger", inclusive, flerta com a cena psicodélica que se desenvolvia tanto na Inglaterra quanto nos Estados Unidos. Não pergunte porque, mas essas músicas acabaram virando clássicos cult. Calcula-se que Bowie vendeu, em toda sua carreira, aproximadamente 140 milhões de discos.



Tracklisting:
1. Uncle Arthur 2:07
2. Sell me a coat 2:58
3. Rubber Band 2:17
4. Love you till tuesday 3:09
5. There is a happy land 3:11
6. We are hungry men 2:58
7. When I live my dream 3:22
8. Come and buy my toys 2:07
9. Joing the gang 2:17
10. She's got medals 2:23
11. Maid of Bond Street 1:43
12. Please Mr. Gravedigger 2:35

curta esse álbum, no link: http://www.4shared.com/file/PhWBedFR/David_Bowie.html


DOWNLOAD CULT - Filmes Discografias e Livros Cult: Discografia Jorge Ben Jor

Cara, dá pra baixar mil coisas é só escolher.... depois mando outro link ainda mais foda...

DOWNLOAD CULT - Filmes Discografias e Livros Cult: Discografia Jorge Ben Jor: "Jorge Duílio Lima Meneses (Rio de Janeiro, 22 de março de 1942), conhecido como Jorge Ben e atualmente Jorge Ben Jor é um guitarrista, canto..."

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Torta de Inhame

Torta de Inhame

Ingredientes: 1 kg de inhame paraíba, um buquê de Couve-Flor, páprica e sal
Modo de preparo: 1. Cozinhar o inhame no vapor; 2. Tostar levemente a couve em buquês no azeite e temperar com páprica e sal; 3. Amasse o inhame numa travessa e cubra com a couve-flor al dente. Sirva quente.
Comentários do Chef:
O inhame é um rizoma. O inhame é uma raiz na culinária da etnia tupiniquim e no cotidiano de vários povos africanos… faz parte da alimentação cabocla do Brasil profundo… o inhame conecta as várias matrizes ancestrais de diferentes culturas. Dos bulbos do inhame partem outras raízes, conectando nossas origens ancestrais.
Tantas são as conexões que o inhame realiza quanto são os sentidos de uma Autogestão Raízes.
Há uma Autogestão Raízes, inhame paraíba, conectando o ponto de partida ao ponto de chegada – a autogestão é o meio e o fim de toda vivência libertária, o rizoma habita todo o percurso autogestionário. Só me lanço numa vivência autogestionária se for autogestionário já no ponto de partida.
Outra Autogestão Raízes, inhame-terra-úmida, mantêm o propósito coletivo, o bem-comum, mas reconhece a individualidade e a diferença – cada inhame é singular. Cada inhame tem sua fibra, sua casca, sua forma, sua liga, sua brancura, sua aspereza, sua negritude, seu peso, seu cheiro. A autogestão raízes mantém a diferença singular do indivíduo.
O inhame da Serra da Rajada produz uma Autogestão Raízes que conhece suas origens, sua ancestralidade, seu passado, e por isso é livre – uma autogestão assim sabe de seus propósitos iniciais, mantém um comprometimento com suas raízes libertárias; sabe aonde quer chegar, mas fundamentalmente, sabe de onde partiram seus propósitos primeiros. Faz de seu ponto de partida o seu ponto de chegada.
O robusto inhame amanamanha gerou essa Autogestão Raízes: as raízes fixas da autogestão, as suas origens, os seus propósitos inicias, não impedem a flexibilidade das práticas autogestionárias – é possível transitar flexivo sobre outras formas de viver a autogestão, mesmo tendo uma raiz fixa em nossas origens. Essa fixidez das raízes da autogestão não impede a liberdade das pessoas e dos grupos libertários produzirem novos rizomas, novas conexões. Um rizoma se conecta a outros rizomas, produzindo outros devires.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Sexo anal pra destruir o Kapital!!!!

12 Macacos alados não conseguem trepar sossegados

A primeira aparição pública do Coletivo 12 Macacos. O momento de estréia. Tinha de ser num espaço de festa & alegria, transgressão & embriaguês, música & corpos dançantes: Parada Gay de Fortaleza. Seiscentas mil pessoas, na Beira-Mar, seguindo onze trio-elétricos.
Naquela tarde quente, de sol a pino, céu azul, corpos suados, espíritos-livres, soltamos este panfleto lúdico, tomando emprestado uns versos do Roberto Piva, poeta maldito da anarquia contemporânea: o coito anal derruba o kapital, do poema Manifesto utópico-ecológico em defesa da poesia & do delírio (PIVA, 2006). Viemos emprestar nossa energia anárquica ao movimento pela diversidade sexual: “Sexo anal pra destruir o Capital”.
Não temos medo do panfleto; pelo contrário, não há nada mais profundo e superficial do que um toque… E este panfleto, nós o elaboramos como se fora um anti-panfleto, com anti-palavras-de-ordem. Alugamos umas roupas de freiras e de padres, do acervo do Theatro José de Alencar (!!!), e seguimos de ônibus até à Avenida Beira-Mar.
Levamos uma faixa: Gays Contra a Pátria!
Essa frase na faixa gerou muitas confusões, dado o caráter ambíguo da mensagem. O que queríamos dizer com isso? Que éramos gays e contra a pátria? Que os gays são contra a pátria? Que julgamos que os gays são contra a pátria?
Nos posicionamos em frente ao palanque dos shows, e abrimos nossa faixa. Que logo foi percebida pela apresentadora do evento, que naquele instante mesmo proferia um discurso contra a violência crescente dos grupos homofóbicos contra homossexuais. Ela se volta contra a nossa faixa, e nos acusa de homofobia. Insufla uma vaia da população. E somos atingidos por latas de cerveja. Rapidamente eu tento me dirigir ao palanque para desfazer o mal-entendido, mas logo sou cercado por dois reportes perguntando se éramos homofóbicos… eu digo que não… eu digo que somos anarquistas… Ele pergunta se tudo isso tem a ver com um tal de Coletivo 12 Macacos. Como ela já sabia disso? Ele tem um panfleto nosso nas mãos, claro. Eu peço que não usem o nome do grupo na reportagem. E explico que somos a favor do movimento gay… E alcanço o palanque. Por sorte, Léo, do 12 Macacos, conhece o coordenador da Parada… somos conduzidos ao camarim para conversar com a apresentadora e explicar que somos Pró-Gays, anarquistas… e ela: “ah, desculpe, não entendi a mensagem da faixa…”. De repente, eu olho ao meu redor: estou num camarim lotado de travestis e transexuais… tudo aquilo ali parece um sonho surreal, um filme do Fellini… e eu olho para uma vedete sentada numa cadeira, de plumas azuis, muita maquiagem, e percebo que não é um travesti… é a professora Adelaide Gonçalves, historiadora anarquista… homenageada como madrinha da Parada… tudo é meio surreal… tudo vai se conectando… tudo foi muito rápido. Não fazia vinte minutos que havíamos chegado na Parada, e eu já estava no palco do evento, aguardando a chamada para fazer um discurso improvisado, na tentativa de eliminar os equívocos, apaziguar os ânimos e salvaguardar o coletivo de qualquer outra agressão. Eu nem percebi, então, uma mulher à minha frente, de costas para mim, também esperando para ser chamada. Por traz de mim havia uma multidão que gritava em minha direção. Eu me viro, e entendo: eles querem que eu chame essa mulher. Ela vai ao centro do palco e começa a cantar: é a Gretchen. A multidão delira ao som de “bumbum…’. Eu tenho bom senso: fazer um discurso político depois de um show da Gretchen numa Parada Gay? Desci discretamente do palco, agradeci à coordenação e voltei para perto dos outros macacos. Tiramos as fantasias, enrolamos a faixa, e saímos panfleteando e cantando: “sexo anal, pra destruir o capital…” Ainda deu tempo de ouvirmos a apresentadora corrigir tudo: “eles são gays anarquistas que não gostam da pátria, eles têm esse direito de não gostar da pátria… mas eles estão do nosso lado, galera.” Rimos muito. Sim, não somos gays, mas odiamos a pátria. Tudo foi uma imensa diversão.
O território dos 12 Macacos não cabe numa pátria.
Como os macacos de Bukowski, na divertida crônica “Doze macacos alados não conseguem trepar sossegados” (BUKOWSKI, 1984), nunca nos deixam em paz.
            Eis o panfleto, datado nas folhas do Diário de Itinerância na minha Tese:



Fortaleza, 24 de junho de 2007

LIBERDADES INTRANSIGENTES… AMORES PROIBIDOS… SEXUALIDADES DIFUSAS!!!

Nascemos livres, livres para sentirmos o que quisermos: amor, ódio, irritabilidade, desejos… livres para fazermos o que quisermos: sexo, amizade, dançar, sexo, comer, correr, sexo, cantar, sexo… SOMOS LIVRES!

Entretanto, não podemos esquecer que existem instituições que se formam para nos reprimir e negar nossas liberdades. Instituições higienizadoras que nos chegam com sua ortopedia comportamental... ‘corrigindo’ as ‘falhas’ humanas... e conduzindo o rebanho para a ‘normalidade’.

Os Movimentos Gays, e afins, têm lutado por grandes conquistas frente aos dispositivos conservadores dominantes. Mas o que aparentemente pode significar avanço, às vezes espelha uma atitude conservadora por parte de muitos gays e lésbicas organizados ou não: a necessidade de se sentir incluíd@ nessa estrutura social. De volta para o rebanho…

Na Sociedade de Controle, na qual vivemos, reina uma cultura de captura dos sujeitos. Capturas implicam, muitas vezes, em que os sujeitos ou grupos de afinidades sejam anexados na esfera social não por aceitação, mas por controle e regulação das atividades e atitudes desses grupos ou sujeitos. Assim, muitos gays e lésbicas são anexados à lógica do capital ao se tornarem um nicho de consumo de segmentos empresariais que se estruturam para extrair o máximo de lucro possível do comportamento homo. Os gays e as lésbicas não são mercadorias. São humanos e merecem todo nosso respeito… e porque não um pouco de devoção, afinal os gays são responsáveis por boa parte da alegria de circula no mundo, e que faz esse mundo circular… [rsrsrs]. GAYS CONTRA O CONSUMO!!!!

Muitas capturas se dão na esfera religiosa... e daí vemos gays, lésbicas, transgêneros clamando que o catolicismo/protestantismo os aceitem em suas castas… Gays desejando serem ‘abençoados’ pela igreja do papa nazista… Santos devoradores de desejos… santos higienizadores de condutas… Gays e lésbicas não precisam de santidade alguma para serem felizes...GAYS CONTRA A IGREJA!!!!

As capturas higienizadoras ‘aceitam’ os gays, desde que eles tenham uma atitude hetero… A sociedade de Controle pouco se importa com a violência crescente contra os gays, ela até a estimula… os aparelhos do estado são organizados de modo a reprimir o comportamento ‘desviante’ homo. Gays e lésbicas, não participem da assepsia promovida pela sociedade conservadora. GAYS CONTRA A SOCIEDADE DE CONTROLE!!!! GAYS CONTRA A PÁTRIA!!!! POR UMA HOMOSSEXUALIDADE MAIS TRANSGRESSORA!!!!

Por isso, nós, 12 Macacos, eternos inconformados e imoralistas, bradamos em bando:
SEXO ANAL, SEXO ANAL, pra DESTRUIR O CAPITAL!!!!!!!!!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

libertinos & libertários - Sandro Soares


libertinos & libertários

buñuel
pierre louÿs
sade
nietzsche
piva
alberto almeida
caeiro
glauco mattoso
guy de maupassant
hilda hilst
petrônio
pasolini
roberto freire
bey
bakhunin
bretonne
bukowski
apollinaire
wilde
byron
gamiani
zé celso
walt whitman
bob black
tolstói
palahniuk
debord
lima barreto
justine
raoul vaneigem
jarry
zerzan
lourau
deleuze & guattari
feyerabend
clastres
onfray
foucault
fo


Cätärro [Mossoró] arrebentando no Rock Sem Edital...

terça-feira, 12 de julho de 2011

Manifesto do Coletivo 12 Macacos


Em julho de 2007, o prédio da Reitoria da UFC foi ocupado por um grupo de estudantes que protestavam contra a política educacional para o Ensino Superior do Governo Lula, especialmente contra a aprovação do REUNI. O Coletivo 12 Macacos estava em peso na ocupação, de barraca e colchonete; assim, como o PSTU, outros grupos e simpatizantes. Foram 14 dias de muitas trocas e aprendizagens mútuas. Aprendemos a conviver com as organizações partidárias marxistas: elas estavam sempre querendo nos cooptar e manipular as informações circulantes, e ainda queriam estabelecer regras rígidas de conduta. Eu estava bem empolgado com a ocupação, mas, ao mesmo tempo, um tanto frustrado porque o Coletivo 12 Macacos havia decidido não se manifestar durante todo o fato político. Ficamos meio que na sombra, sem nos anunciar. e, numa tarde inesperada, dois membros do 12 Macacos me chegam com um manuscrito por eles escrito: era a base de um manifesto. Sentamos com outros macacos, nos corredores da Reitoria, e fomos ampliando, retirando e acrescentando idéias e desejos… E assim nasceu o nosso manifesto.
Posto aqui, para registrar publicamente, mais uma vez, esse momento de criatividade libertária...

 

Manifesto do Coletivo 12 Macacos:

Pensamentos órfãos, corpos vacilantes, linguagens movediças

Uh uh uh ah ah ah ah
Uh uh uh ah ah ah ah
O Coletivo 12 Macacos não tem um início; o Coletivo 12 Macacos não tem um fim. O Coletivo 12 Macacos não foi criado, ele surgiu do Caos e se move em direção ao Nada.
O Coletivo 12 Macacos molestará todas as formas de beleza bem-comportada, disseminará o Caos na ordem opressora, libertará todos os animais da arrogância humana.
O Coletivo 12 Macacos esteve presente quando Lúcifer foi expulso do paraíso, quando D. Quixote desafiou os moinhos de vento, quando o trem pagador foi assaltado e os corações saqueados.
Uh uh uh ah ah ah ah
Uh uh uh ah ah ah ah
Mais do que anarquistas, Os 12 Macacos são anárquicos. Dionisíacos compulsivos, Os 12 Macacos fazem revoluções pela tarde, sexo pela noite e vêm desenhos pela manhã.
O Coletivo 12 Macacos não é um movimento, mas corpos em movimento.
Os 12 Macacos cospem em suas crenças, vomitam em seus manifestos e ejaculam em suas idéias.
Os 12 Macacos lêem Marx, Bakunin e Batman; vêem Fellini, Pasolini e Dragon Ball.
Uh uh uh ah ah ah ah
Uh uh uh ah ah ah ah
O Coletivo 12 Macacos não é uma organização, o Coletivo 12 Macacos são apenas três palavras.
O Coletivo 12 Macacos é um sentimento paradoxal e inominável. Um sentimento de revolta contra o capital, de vontade de dançar, de sede por vingança e de tesão pelo Caos.
Cada coração é uma célula insurgente. Por isso, cada pessoa faz parte do Coletivo 12 Macacos.
Todo o Caos é causado pelo Coletivo 12 Macacos e todos os crimes são cometidos pelo Coletivo 12 Macacos.
Os 12 Macacos são uma desorganização anárquica; os 12 Macacos são um sentimento.
O Coletivo 12 macacos é uma máquina de guerra deleuziana;
Tal qual um rizoma, Os 12 macacos ramificam-se no silêncio terno da terra fértil e promovem agenciamentos macaquínicos…
Destruição construtiva, repetem os 12 macacos.
O Coletivo 12 Macacos nunca se inicia e nunca se acaba.
Uh uh uh ah ah ah ah
Uh uh uh ah ah ah ah
Os 12 Macacos são uma farsa
Os 12 Macacos são você
Todo o resto se inicia a partir daqui (f. nietzsche)
Uh uh uh ah ah ah ah
Uh uh uh ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah
Nós somos criminosos, sempre fomos, nesse mundo precisamos ser…”
(Frank Miller em Batman – O cavaleiro das trevas)